História
da máquina de costura
Com o aparecimento da
maquina de costura, a arte da costura passou por grande transformação. Foram
muitas as tentativas feitas para se conseguir por meios mecânicos a imitação da
costura feita à mão, com resultado satisfatório. Procurou-se fazer uma agulha
na fazenda por meios de dedos mecânicos que pareciam dentes, o que resultou em
fracasso. Era preciso um meio de não segurar o tecido entre os dedos.
Idealizaram-se outros engenhos até se chegar a resultado satisfatório, até o
aparecimento da bobina ou carretel, onde o fio era enrolado. Então começaram a
aparecer dispositivos que a cada pontada da agulha soltava o fio,
conseguindo-se assim uma costura uniforme. Na máquina, a macha de fio é
continua, carretel para o pano, e só podendo passar através do pano em forma de
alça ou cadeia, foi preciso escolher uma agulha apropriada e surgiu a agulha
com orifício perto da ponta. Na costura a mão, o fio é fixo da agulha e a
trabalho não se move, determinando-se o olho o comprimento do ponto cujo
tamanho é mais ou menos variável, já na máquina, o pano é que se move sob a
agulha, avançando a impulso regulares e com precisão, de maneira que o
comprimento do ponto e a tensão do fio são uniformes.
As tentativas para a
descoberta de um meio mecânico de costura iniciaram-se em fins do século XVIII.
Em 1770, um inglês chamado Thomas Saint conseguiu patentear um evento que já
tinha algumas características da atual máquina de costura. Em 1775, o alemão F.
Weisenthal recebia o diploma de invenção de um aparelho unido de uma agulha com
duas pontas a qual tinha no centro um orifício. Esta agulha podia ao mesmo
tempo, atravessar de lado a lado o tecido e movia-se de trás para frente por
meios de dentes colocados nos lados, este aparelho fazia uma espécie de bordado
que era o ponto da cadeia. Esta invenção, porém não chegou a alcançar êxito. Mais
tarde, Tomas Saint, J. Ducan, J. A Dodg, Hunt e B. Thimmonnier procuraram
aperfeiçoar a maquina. Em 1790, o americano Tomas Saint, patenteou uma máquina
mais aperfeiçoada que fazia a costura com o ponto mais firme, o que faltava à
máquina de Weisenthal. Esta máquina era quase totalmente de madeira, com um
braço saliente no qual se colocava uma agulha vertical de um furador que fazia
os buracos antes. Na parte superior, colocava-se um carretel que distribuía o
fio. O ponto da cadeia era igual o da primeira máquina, mas esta era mais firme
servia também para costuras grossas. Esta máquina também não interessou ao
público, e outras vieram de menor ou maior importância, sem nenhuma
probabilidade de sucesso. A máquina, como todas as invenções, encontrou grande
oposição. Os artífices ficaram alarmados com sua aplicação ao oficio de
confeccionar peças de peles e couros e fizeram-lhe toda sorte de guerra.
No ano de 1830, o
francês Bartolomeu Thimmonnier, idealizou uma máquina, também de ponto cadeia,
quase toda de madeira e acionada pelos pés. Era ainda muito rudimentar, mas
funcionava. Dez anos mais tarde, utilizando muitas das máquinas em sua
alfaiataria, obteve um contrato para fabricação de uniformes militares. Esta
máquina impressionou tantos os amigos do alfaiate que estes lhe adiantaram o
dinheiro para poder fabricar muitas outras, instalando com êxito uma fábrica.
Em pouco tempo já contava com oitenta máquinas. Isso desencadeou uma reação
furiosa por parte dos trabalhadores manuais, que de comum acordo, destruíram as
máquinas da fáfrica de Thimmonnier.
Thimmonnier
quis salvar o invento, patenteando-o na Inglaterra e nos Estados Unidos, mas
não conseguiu os recursos necessários e regressou a França no ano de 1857, onde
morreu pobre e esquecido. Enquanto tudo isso se desenrolava na Europa, os
engenheiros americanos começaram a estudar e resolver os problemas da máquina
de costura. Assim a ideia da agulha com o orifício na extremidade pontiaguda e
o emprego de dois fios, são invenções verdadeiramente americanas, pois foi
inventado por Gualtério Hunt de New York no ano de 1835, foi a primeira máquina
que fez o pesponto, mas a invenção não foi patenteada e Hunt a abandonou quando
sua filha lhe observou que com essa máquina as costureiras iriam ficar sem
trabalho.
Em 1844, o americano
Elias Howe apresentou um modelo mais aperfeiçoado que todos os precedentes. Era
uma máquina feita de madeira e arame, que embora primitiva continha a maior
parte dos dispositivos essenciais. Esta invenção tinha dois detalhes distintos
a agulha era curva, com o orifício quase na ponta, e possuía uma lançadeira,
que fora idealizado por Gualtèrio.
A máquina de Howe era
tão nova em suas múltiplas combinações, que foi considerada como novo invento.
Tinha muitos detalhes, entre os quais uma placa para comprimir o tecido, e um
dispositivo para manter a tensão no fio superior. Foi a primeira máquina que
trabalhou com dois fios. Embora não aperfeiçoada, pois faltava o ponto e o
movimento dos fios era defeituoso. Outros engenheiros e mecânicos tentaram
aperfeiçoar a máquina destacando-se dentre eles, Allen Wilson, que em 1849
idealizou o encaixe rotativo. Este continha o fio interior, entre outros
melhoramentos como a barra móvel provida de dentes, os quais saiam por uma
ranhura em movimento sucessivos e combinados com outra barra colocada na parte
de cima, que fazia o tecido correr. Esta combinação de movimentos ficou
conhecida como avanço em quatro pontos. Foi a maior melhoria que a máquina
adquiriu, e desde então o trabalho da costura mecanizada foi melhorando, se bem
que paulativamente, pois foi difícil encontrar aceitação por parte do publico,
que, tendo sido muitas vezes burlado, não dava importância ao novo engenho.
Nesse tempo, Allen
Wilson, Singer e outros apresentaram máquinas quase perfeitas, Howe, não
contente com tal ocorrido, moveu umas ações judiciais contra os primeiros, que ficou
conhecida por “Guerra da máquina de costura”. Cada fabricante processava o
outro o acusando de usurpador de patentes. Todavia, isto terminou em um
entendimento dando lugar a fusão de patentes, ficando provado que a máquina de
Howe só fazia costura reta de poucos centímetros de cada vez, e de nada valia
sem os aperfeiçoamentos dos outros e vice-versa. Disto nasceu à organização de
Sewing Machine Combination, sendo a fabricação autorizada a terceiros, mediante
licença, a 15 dólares por máquina.
Em 1851, Singer
fabricou uma máquina que era muito pesada, e em 1856 foi feito um modelo mais
leve, este destinado ao uso no lar, denominado lombo de tartaruga, que
executava em uma hora a costura de 10 a 14 horas a mão. O único inconveniente
era o preço. A primeira máquina Singer era provida de uma agulha vertical,
trabalhava com dois fios e fazia um pesponto fechado. Mais tarde, ele
introduziu o movimento a pedal, porém pouca importância lhe deu e nunca o
patenteou. Este fabricante e seus sucessos foram os que mais aperfeiçoamentos
introduziram na máquina de costura e que maior propaganda fizeram através do
mundo, demonstrando sua prática e utilidade. As primeiras máquinas foram
construídas para as fábricas que as empregassem em seus trabalhos. Logo, porém
notou-se que era um acessório útil em todos os lares, e conservando suas
características indispensáveis, foram adaptados com elegância para o uso
doméstico.
Com a generalização da
costura mecanizada, os principais países da Europa, começaram a fabricar
máquinas de costura. Dentre eles, destacamos Alemanha, Suíça, França, Suécia, Tchecoslováquia,
Portugal entre outros. Em nosso país também já estão sendo feitas as primeiras
tentativas, obtendo-se a Renner e outras de fabricação totalmente nacional.
Fonte: apostila pessoal
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Telefone: (35) 3261-2657/9237-2342
Campanha - MG
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