quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Historia da Maquina de Costura


História da máquina de costura

            Com o aparecimento da maquina de costura, a arte da costura passou por grande transformação. Foram muitas as tentativas feitas para se conseguir por meios mecânicos a imitação da costura feita à mão, com resultado satisfatório. Procurou-se fazer uma agulha na fazenda por meios de dedos mecânicos que pareciam dentes, o que resultou em fracasso. Era preciso um meio de não segurar o tecido entre os dedos. Idealizaram-se outros engenhos até se chegar a resultado satisfatório, até o aparecimento da bobina ou carretel, onde o fio era enrolado. Então começaram a aparecer dispositivos que a cada pontada da agulha soltava o fio, conseguindo-se assim uma costura uniforme. Na máquina, a macha de fio é continua, carretel para o pano, e só podendo passar através do pano em forma de alça ou cadeia, foi preciso escolher uma agulha apropriada e surgiu a agulha com orifício perto da ponta. Na costura a mão, o fio é fixo da agulha e a trabalho não se move, determinando-se o olho o comprimento do ponto cujo tamanho é mais ou menos variável, já na máquina, o pano é que se move sob a agulha, avançando a impulso regulares e com precisão, de maneira que o comprimento do ponto e a tensão do fio são uniformes.
            As tentativas para a descoberta de um meio mecânico de costura iniciaram-se em fins do século XVIII. Em 1770, um inglês chamado Thomas Saint conseguiu patentear um evento que já tinha algumas características da atual máquina de costura. Em 1775, o alemão F. Weisenthal recebia o diploma de invenção de um aparelho unido de uma agulha com duas pontas a qual tinha no centro um orifício. Esta agulha podia ao mesmo tempo, atravessar de lado a lado o tecido e movia-se de trás para frente por meios de dentes colocados nos lados, este aparelho fazia uma espécie de bordado que era o ponto da cadeia. Esta invenção, porém não chegou a alcançar êxito. Mais tarde, Tomas Saint, J. Ducan, J. A Dodg, Hunt e B. Thimmonnier procuraram aperfeiçoar a maquina. Em 1790, o americano Tomas Saint, patenteou uma máquina mais aperfeiçoada que fazia a costura com o ponto mais firme, o que faltava à máquina de Weisenthal. Esta máquina era quase totalmente de madeira, com um braço saliente no qual se colocava uma agulha vertical de um furador que fazia os buracos antes. Na parte superior, colocava-se um carretel que distribuía o fio. O ponto da cadeia era igual o da primeira máquina, mas esta era mais firme servia também para costuras grossas. Esta máquina também não interessou ao público, e outras vieram de menor ou maior importância, sem nenhuma probabilidade de sucesso. A máquina, como todas as invenções, encontrou grande oposição. Os artífices ficaram alarmados com sua aplicação ao oficio de confeccionar peças de peles e couros e fizeram-lhe toda sorte de guerra.
            No ano de 1830, o francês Bartolomeu Thimmonnier, idealizou uma máquina, também de ponto cadeia, quase toda de madeira e acionada pelos pés. Era ainda muito rudimentar, mas funcionava. Dez anos mais tarde, utilizando muitas das máquinas em sua alfaiataria, obteve um contrato para fabricação de uniformes militares. Esta máquina impressionou tantos os amigos do alfaiate que estes lhe adiantaram o dinheiro para poder fabricar muitas outras, instalando com êxito uma fábrica. Em pouco tempo já contava com oitenta máquinas. Isso desencadeou uma reação furiosa por parte dos trabalhadores manuais, que de comum acordo, destruíram as máquinas da fáfrica de Thimmonnier.  
            Thimmonnier quis salvar o invento, patenteando-o na Inglaterra e nos Estados Unidos, mas não conseguiu os recursos necessários e regressou a França no ano de 1857, onde morreu pobre e esquecido. Enquanto tudo isso se desenrolava na Europa, os engenheiros americanos começaram a estudar e resolver os problemas da máquina de costura. Assim a ideia da agulha com o orifício na extremidade pontiaguda e o emprego de dois fios, são invenções verdadeiramente americanas, pois foi inventado por Gualtério Hunt de New York no ano de 1835, foi a primeira máquina que fez o pesponto, mas a invenção não foi patenteada e Hunt a abandonou quando sua filha lhe observou que com essa máquina as costureiras iriam ficar sem trabalho.
            Em 1844, o americano Elias Howe apresentou um modelo mais aperfeiçoado que todos os precedentes. Era uma máquina feita de madeira e arame, que embora primitiva continha a maior parte dos dispositivos essenciais. Esta invenção tinha dois detalhes distintos a agulha era curva, com o orifício quase na ponta, e possuía uma lançadeira, que fora idealizado por Gualtèrio.
            A máquina de Howe era tão nova em suas múltiplas combinações, que foi considerada como novo invento. Tinha muitos detalhes, entre os quais uma placa para comprimir o tecido, e um dispositivo para manter a tensão no fio superior. Foi a primeira máquina que trabalhou com dois fios. Embora não aperfeiçoada, pois faltava o ponto e o movimento dos fios era defeituoso. Outros engenheiros e mecânicos tentaram aperfeiçoar a máquina destacando-se dentre eles, Allen Wilson, que em 1849 idealizou o encaixe rotativo. Este continha o fio interior, entre outros melhoramentos como a barra móvel provida de dentes, os quais saiam por uma ranhura em movimento sucessivos e combinados com outra barra colocada na parte de cima, que fazia o tecido correr. Esta combinação de movimentos ficou conhecida como avanço em quatro pontos. Foi a maior melhoria que a máquina adquiriu, e desde então o trabalho da costura mecanizada foi melhorando, se bem que paulativamente, pois foi difícil encontrar aceitação por parte do publico, que, tendo sido muitas vezes burlado, não dava importância ao novo engenho.
            Nesse tempo, Allen Wilson, Singer e outros apresentaram máquinas quase perfeitas, Howe, não contente com tal ocorrido, moveu umas ações judiciais contra os primeiros, que ficou conhecida por “Guerra da máquina de costura”. Cada fabricante processava o outro o acusando de usurpador de patentes. Todavia, isto terminou em um entendimento dando lugar a fusão de patentes, ficando provado que a máquina de Howe só fazia costura reta de poucos centímetros de cada vez, e de nada valia sem os aperfeiçoamentos dos outros e vice-versa. Disto nasceu à organização de Sewing Machine Combination, sendo a fabricação autorizada a terceiros, mediante licença, a 15 dólares por máquina.
            Em 1851, Singer fabricou uma máquina que era muito pesada, e em 1856 foi feito um modelo mais leve, este destinado ao uso no lar, denominado lombo de tartaruga, que executava em uma hora a costura de 10 a 14 horas a mão. O único inconveniente era o preço. A primeira máquina Singer era provida de uma agulha vertical, trabalhava com dois fios e fazia um pesponto fechado. Mais tarde, ele introduziu o movimento a pedal, porém pouca importância lhe deu e nunca o patenteou. Este fabricante e seus sucessos foram os que mais aperfeiçoamentos introduziram na máquina de costura e que maior propaganda fizeram através do mundo, demonstrando sua prática e utilidade. As primeiras máquinas foram construídas para as fábricas que as empregassem em seus trabalhos. Logo, porém notou-se que era um acessório útil em todos os lares, e conservando suas características indispensáveis, foram adaptados com elegância para o uso doméstico.
            Com a generalização da costura mecanizada, os principais países da Europa, começaram a fabricar máquinas de costura. Dentre eles, destacamos Alemanha, Suíça, França, Suécia, Tchecoslováquia, Portugal entre outros. Em nosso país também já estão sendo feitas as primeiras tentativas, obtendo-se a Renner e outras de fabricação totalmente nacional.

Fonte: apostila pessoal 

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